Deu reagente, e agora?

Como agir diante de um resultado REAGENTE para sorologia de HIV? Procurar se informar e desmistificar alguns mitos criados sobre a doença pode ser o melhor remédio para a difícil fase de descoberta do diagnóstico.

    Atualmente, existem várias metodologias para pesquisa de anticorpos anti-HIV, porém, a mais utilizada é o Elisa, por ser um exame bastante abrangente e que serve de triagem para os casos em que existe grande chance de haver anticorpos para o vírus HIV. Porém o Elisa não é considerado um exame padrão ouro, portanto não pode dar o veredito final. Diante de um Elisa positivo, o paciente é submetido ao teste confirmatório, mais específico, geralmente o Western Blott. Obtendo um resultado positivo para esta segunda análise, o diagnóstico é concluído e indica presença da infecção, ou seja, o paciente é considerado soropositivo.

    Geralmente, tal descoberta choca os pacientes, pois muitos veem a AIDS como uma doença terrível, que matou milhares de pessoas principalmente na década de 80 e meados de 90. Entretanto, a medicina evoluiu e com ela a qualidade de vida dos soropositivos. No inicio do tratamento, na década de 90, os pacientes chegavam a tomar até 30 comprimidos por dia, e ainda assim, as drogas não eram eficientes. Hoje, o tratamento inicial é composto por três comprimidos e impedem a progressão da doença.

    O Elisa e o Western Blott, são exames de diagnóstico, ou seja, ambos apontam a presença de anticorpos anti-HIV, mas não são capazes de indicar como anda a saúde do paciente. Ter HIV não significa ter AIDS, portanto é preciso procurar um infectologista para que este prescreva exames que irão retratar seu verdadeiro quadro de saúde.

    A partir deste momento, começa o monitoramento do vírus. Geralmente, de quatro em quatro meses o paciente deverá passar por exames quantitativos de CD4 e carga viral. Estes exames indicam a imunidade e a quantidade de vírus presente no organismo, respectivamente. É este controle que indica a progressão da doença.

    Geralmente, de duas a três semanas após a infecção, ocorre a soroconversão, com sintomas que são facilmente confundidos com o de uma gripe forte: mal estar, dor de cabeça, febre alta, dor de garganta, calafrios. É a partir dai que os exames de diagnóstico acusarão reagente, antes disso o vírus estava incubado no organismo. Normalmente, a sorocoversão passa despercebida, já que os sintomas desaparecem por volta de duas semanas. Após este estágio, segue uma fase silenciosa, caracterizada por altas taxas de vírus no sangue e baixa quantidade de CD4 - células do sistema imunológico. Nessa fase o paciente está altamente transmissível via contato sexual. Por fim, inicia-se o ponto de estabilização, o paciente passa por um período assintomático que pode chegar até 10 anos, com altos níveis CD4 e baixa carga viral.

    Entretanto, com o passar dos anos, o CD4 começa a baixar, o que expõe o portador a infecções oportunistas. Isto ocorre, porque o vírus tem a capacidade de se "camuflar" no organismo, fazendo com que o sistema imunológico não consiga o combater.

    O tratamento com antiretrovirais é indicado quando os níveis de CD4 estão a baixo de 500 mm³ de sangue. Essas drogas tem o objetivo de tornar a carga viral indetectável e aumentar as taxas de CD4. Pacientes que seguem o tratamento a risca podem ter a mesma imunidade corporal que um soronegativo, tendo sua expectativa de vida à mesma. Dai a grande importância de fazer o teste anti-HIV, pois quanto antes houver o controle dos níveis de CD4 e da carga viral maiores serão as chances de se evitar infecções oportunistas e melhorar a qualidade de vida. Caso seja necessário tomar a medicação, deve-se seguir horários regulares continuamente a fim de se evitar a resistência do vírus.

    É importante ressaltar que a saúde emocional também interfere no estado de saúde físico do paciente. Problemas emocionais fazem com que os níveis de CD4 caiam e facilite a progressão da doença. Depressão, medo, angústia, aversão por sexo e ideias suicidas são muito comuns na fase de diagnóstico, por isso, não tenha vergonha. Procure ajuda especializada, converse com um bom profissional e siga as orientações, assim você poderá levar um vida igual à de um soronegativo.

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Re:quero saber mais

joao 28/03/2013
refaça seu exame...

Soropositivo

Eu 18/12/2012
Muito bom o artigo fiquei sabendo q sou hj, essas informações numa certa forma me deixou com mais esperança.

muito bom o artigo

Vida 07/07/2012
Parabèns muito legal essas informaçoes e vamos que vamos!
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