− “É como se fosse uma diabetes ou hipertensão”, é o que muitos infectologistas dizem sobre a AIDS. Mas será que esta doença que já matou milhares de pessoas, e ainda hoje intimida a população em geral, pode ser considerada uma doença crônica?
Apesar da AIDS ter sido uma moléstia uniformemente fatal nos anos 80 e meados dos anos 90, hoje boa parte da comunidade científica encara-a como uma doença crônica. Esta afirmação é muito comum entre os infectologistas, o que faz com que muitas pessoas acreditem que isto não passa de uma inverdade, onde estes profissionaisbuscam apenas acalmar seus pacientes,diminuindo assim a tensão que existe durante a fase de aceitação do diagnóstico.
Para quem não sabe, doenças crônicas são aquelas normalmente de desenvolvimento lento, que duram períodos extensos e apresentam efeitos de longo prazo, difíceis de prever. A maioria dessas doenças não tem cura, como diabetes, asma ou hipertensão. Entretanto, várias delas podem ser prevenidas ou controladas por meio da detecção precoce, adoção de dieta e hábitos saudáveis, prática de exercícios e acesso a tratamento adequado recomendado pelo profissional de saúde.
Embora não haja cura, a AIDS pode ser facilmente controlada se descoberta em seu estagio inicial. Sabe-se também que a medicação atual para seu tratamento é de extrema eficácia, permitindo aumentar a qualidade de vida do paciente e igualando sua expectativa de vida à de um soronegativo. Levar uma vida saudável, praticando exercícios físicos e aderindo a uma dieta saudável também ajuda, e muito na qualidade de vida do soropositivo. São por estes motivos que a AIDS vem sendo enquadrada como uma doença crônica.
É importante ressaltar que uma doença crônica pode se transformar em uma doença grave. Somente o tratamento e cuidados cabíveis podem evitar esta mudança. Daí a importância de realizar o teste anti-HIV, pois obtendo um resultado reagente, você poderá se cuidar mais precocemente evitando complicações e levando uma vida normal.